Alunos voltaram ao colégio em modelo totalmente presencial nesta quinta-feiraMarcos Porto/Agência O Dia
No último dia 11, o Conselho Superior do colégio (Consup) decidiu adotar o modelo semipresencial, com divisão em 50% dos alunos, em grupos A e B, com alternância da presença semanal de cada um dos grupos no turno dos estudantes. Em um ato realizado um dia após a decisão, alunos, responsáveis e servidores demonstraram seu descontentamento, e apesar disso, o formato passou a valer no dia 14. Somente no dia 18, a instituição anunciou a retomada plena prevista para esta quinta-feira.
Na manhã de hoje, o sentimento de alegria e alívio tomou conta dos estudantes e responsáveis que chegavam no campus Tijuca I do Colégio Pedro II, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. A autônoma Daiana Santos, mãe de Mariana Viana, de 10 anos, aluna do 3º ano do Ensino Fundamental, celebrou o retorno totalmente presencial. Segundo ela, a expectativa é que a instituição volte a ser referência em ensino como era antes da pandemia de covid-19.
"Agora, nesse primeiro dia de aula presencial, vi a felicidade da minha filha em ver os amiguinhos e espero que dessa vez o colégio funcione direitinho. Tenho fé que não precisarei tirar minha filha da escola, porque o Pedro II normal é maravilhoso, professores dedicados, atendimento ímpar aos pais. Minha expectativa é que o colégio seja o que sempre foi: um colégio ótimo, rígido e muito bom, ainda mais por ser um colégio público, ele é referência para muitas escolas por aí", afirmou a autônoma.
Pai de uma aluna do 4º ano do Ensino Fundamental, Valentina Carreira, de 10 anos, Marcelo Carreira, que trabalha com transporte escolar, lamentou o tempo que a filha ficou longe das salas de aula. Ele relatou que a menina estava ansiosa para voltar à escola e que agora eles irão trabalhar dobrado para que ela não tenha impactos mais graves em sua educação.
"Eu estou adorando, porque eu acho que não tem mais nenhum sentido ficar sem aula. Já voltou tudo. Para as nossas crianças, esse é um tempo perdido que não se recupera. Minha filha tem 10 anos, como vai recuperar essa fase de aprendizagem? Ela ficou bastante animada, bastante feliz. Tanto os pais, quanto as crianças ficaram numa euforia danada, porque queriam o retorno às aulas. Agora é correr atrás desse tempo perdido, trabalhar dobrado para recuperar. Graças a Deus esse retorno aconteceu e vamos torcer para que não pare mais", disse Marcelo.
Diferente de outros responsáveis, a técnica em saúde bucal, Aline Abreu, mãe da aluna do 5º ano, Giovana Abreu, 11, afirmou não ter sido contra o modelo semipresencial. Ela disse que além de sua filha ter se adaptado bem ao formato, entendeu que a medida se deu por conta do risco de transmissão e contágio por covid-19 entre os funcionários com comorbidades.
"Eu não era contra (ao ensino semipresencial), porque o retorno não tinha sido feito antes porque tinha um decreto que impedia os servidores com comorbidades de retornarem e proibia o Pedro II de contratar, então ficava impossível, sem servidor, manter a carga horária normal ou então manter as crianças no colégio sem servidor. É uma sensação de alívio poder retomar, mas dentro da normalidade, os professores retornaram. A minha filha já estava indo no (modelo) híbrido, mas agora, com certeza, facilita ir no horário normal. Ela conseguiu acompanhar as aulas, claro que não é a mesma coisa, mas era o que dava", explicou a técnica.
completar imunização, conforme calendário oficial; que comprovem que possuem comorbidades que os impeçam de receber a vacinação; ou aqueles com necessidades educacionais específicas, com ou sem comorbidades, em acordo com a família e o Núcleo de Atenção a Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE).
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