Comandante-geral dos Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, determinou a suspensão imediata do porte e posse de armas do militarReprodução
Atendente do McDonald’s baleado presta depoimento à Polícia Civil em hospital
"Ficou bem claro pra gente que realmente o tiro foi à queima-roupa", disse o delegado que investiga o caso, Ângelo Lage
Rio - O atendente do McDonald's da Taquara, na Zona Oeste, que foi agredido e baleado por um bombeiro após uma discussão, prestou depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (16). Ainda internado, Mateus Domingues Carvalho, de 21 anos, conforme mostrou o RJTV, da TV Globo, contou como foi o encontro dele com o sargento Paulo César Albuquerque, o autor do disparo. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Ângelo Lage, 32ª DP (Taquara), disse que o tiro foi à queima-roupa.
Em declaração à TV Globo e confirmadas ao DIA, o delegado disse ainda que o tiro causou uma lesão na coluna que afetou o movimento das pernas da vítima, atingida na barriga há oito dias. "Ficou bem claro pra gente que realmente o tiro foi à queima-roupa. Ele tem uma lesão de queimadura na pele. Inclusive um fato novo é que o pedaço do projétil acertou a coluna dele também e ele está com uma lesão na coluna que está afetando o movimento das pernas dele", disse o delegado durante a entrevista.
De acordo com amigos da vítima, o homem fez um pedido no drive-thru da unidade e no momento em que foi pegar o seu pedido, já no fim do atendimento, disse que tinha um cupom de desconto. Mateus tentou explicar ao cliente que a informação deveria ter sido dada no início do pedido.
Insatisfeito, o sargento teria quebrado a proteção de acrílico e dado um soco no rosto do atendente. Após isso, entrou na loja e atirou no funcionário. À polícia, o agressor disse que o tiro foi dado de forma acidental. Versão negada por uma testemunha que acompanhava o bombeiro na lanchonete.
Na última terça-feira (10), o Corpo de Bombeiros pediu a prisão preventiva do sargento. Segundo a corporação, o comandante-geral, coronel Leandro Monteiro, determinou a suspensão imediata do porte e posse de armas do militar, além da instauração de um inquérito policial militar para apurar a conduta do profissional e a abertura de um conselho disciplinar.
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