Jonatan Correia Damasceno confessou ter participado da morte de uma idosa e uma diarista na Zona Sul do RioDivulgação/Polícia Civil

Rio - A Polícia Civil apreendeu, na última sexta-feira (10), as roupas usadas por Jonathan Correia Damasceno, suspeito de matar a idosa Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e a diarista Alice Fernandes da Silva, de 51, em apartamento no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. O pintor foi preso em Acari, na Zona Norte, e confessou envolvimento nos assassinatos. A calça jeans, a jaqueta e o boné foram encontrados na casa dele e levados para perícia.
O segundo suspeito de envolvimento no crime foi preso, após se entregar na 21ª DP (Bonsucesso), na noite deste sábado. William Oliveira Fonseca, 33 anos, estava foragido e foi levado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso. Ele será interrogado pela especializada.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), a audiência de custódia dos dois está prevista para este domingo, a partir de 13h.
Comparsa de William acusa ele pelas mortes
Em depoimento realizado na sede da DHC, na noite de sexta-feira (10), Jonathan contou detalhes da motivação do crime e de como abordou as vítimas ao lado do comparsa. As duas foram degoladas e tiveram seus corpos carbonizados após o assalto, no Flamengo, na véspera.
No documento, ao qual O DIA teve acesso, Jonathan disse que foi "se desesperando com a quantidade de dívidas que vinha acumulando", e chamou seu amigo, William Fonseca, para roubar o apartamento de Martha e, na versão dele, haviam combinado do crime se limitar ao roubo. No entanto, quando Jonathan saiu do apartamento para realizar saques em nome da idosa, William matou as vítimas.
Segundo ele, William só repetia: "Tá tranquilo, tá tranquilo", com as mãos cheias de sangue. Nesse momento, Jonathan disse que perguntou o que havia acontecido, e que William respondera que "já tinha resolvido tudo", segurando uma garrafa de álcool.