Taylane Fernandes, de 22 anos, morreu durante tiroteio entre traficantes no Morro da PedreiraReprodução/Redes sociais

Rio - Amigos e familiares sepultaram no Cemitério de Irajá, Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (4), o corpo de Taylane de Souza Fernandes, de 22 anos. A jovem está entre os mortos na guerra de facções rivais que aconteceu na madrugada de segunda-feira (3), entre os Complexos do Chapadão e Pedreira. A família de Taylane não quis falar com a imprensa sobre o ocorrido e pediu privacidade no momento do enterro.
Segundo testemunhas, a moradora estava se divertindo em uma festa que acontecia no Morro da Pedreira, quando foi baleada no peito. Ela chegou a ser levada à Upa de Costa Barros, mas não resistiu e morreu.
Moradores se mostraram indignados com a falta de assistência recebida pelas ONGs e sem uma investigação mais rápida por parte da Polícia Civil. "Não vi nenhuma dessas ONGs que costumam cobrar as autoridades nos confrontos das favelas entre polícia e bandidos fazerem o mesmo no Chapadão, quando uma facção rival invadiu um evento em que moradores se divertiam tranquilamente", lamentou.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver o momento em que Taylane aparece sendo carregada por moradores, já baleada. Veja o vídeo:
Até o momento, nenhum dos envolvidos na disputa por território foi preso ou identificado. Na manhã desta terça-feira, uma ação da PM no Complexo do Chapadão, prendeu dois suspeitos. Um deles ficou ferido e está preso sob custódia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Segundo morador morto é enterrado
Alexandre Guedes Monteiro, de 21 anos, morreu no tiroteio do Morro da Pedreira - Reprodução/Redes sociais
Alexandre Guedes Monteiro, de 21 anos, morreu no tiroteio do Morro da PedreiraReprodução/Redes sociais
Pouco antes de Taylane ser enterrada, familiares de Alexandre Guedes, de 21 anos, outro inocente que morreu no confronto, foi enterrado no mesmo cemitério. Amigos e familiares fizeram um momento de oração e ecoaram gritos pedindo justiça pela morte do morador. Segundo eles, Alexandre não tinha envolvimento com o tráfico local e foi vítima da violência.