Um dos responsáveis que comemorou a volta aos bancos escolares foi o supervisor de marketing Ricardo James, 45 anos, pai de um aluno do segundo ano. Segundo ele, o sentimento é de gratidão à paróquia.
"Só posso agradecer à igreja, que pensou nas crianças, e liberou o espaço para nossos filhos estudarem", celebrou.
A esteticista Larissa Macedo, de 25 anos, também festejou o retorno do filho, que frequenta a turma do maternal na escola. "Para nós, mães, é maravilhoso, saber que nossos filhos voltarão a frequentar a sala de aula. Estamos todos felizes", disse.
A coordenadora Roberta Araújo, de 41 anos disse ao DIA que o momento é de felicidade. Segundo ela, maior desafio dos profissionais foi "foi tornar o espaço cedido em salas de aula com vida".
Pais e profissionais realizaram vaquinha para colaborar com volta
Para ajudar no recomeço das atividades, responsáveis e profissionais organizaram uma campanha de arrecadação de materiais escolares e de limpeza e, inclusive, promoveram uma vaquinha virtual. A ação está disponível no site (https://vaquinha.app.br/campanha/?recuperao-da-escola-pssaro-azul-3521) e já alcançou mais de 35% do valor estipulado.
Segundo Roberta, a escola dispunha de um seguro para despesas com danos estruturais e o valor arrecadado vai ajudar na aquisição de material de informática. "Esse valor será utilizado para comprarmos toda a parte tecnológica da escola, que foi perdida no incêndio. Os computadores, impressoras e televisões foram totalmente destruídas", disse.
A seguradora já foi acionada, no entanto, o pagamento depende do laudo de verificação das causas do acidente, emitido pela Defesa Civil municipal, para estabelecer o orçamento. De acordo com a coordenadora, todos os documentos já foram entregues, e a dona do colégio aguarda o laudo para receber a apólice.
Resgate das crianças teve auxílio de vizinhos e mototaxistas da região
No último dia 10 de outubro, militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para controlar um incêndio que estaria afetando uma escola no bairro de Turiaçu, na Zona Norte do Rio. Quando chegaram ao local, conseguiram retirar as cerca de 250 pessoas que estavam no colégio, com a ajuda de vizinhos e mototaxistas que trabalham ao lado do imóvel.
"Eu trabalho aqui do lado, tenho uma lojinha de roupa. Do nada, subiu um fogo lá na escola, e tanta fumaça, que nós não conseguíamos enxergar direito", disse o comerciante Jean Carlos, que ajudou a fazer o resgate das crianças.
O homem disse que mototaxistas que estavam próximos à escola foram fundamentais para realizar a retirada de todas as crianças em segurança. "Quando nós chegamos próximos à escola, senti um calor muito forte e ouvimos algumas explosões. Nós pegamos as crianças no colo e conseguimos salvar muitas delas", contou.
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