Por Irma Lasmar
SÃO GONÇALO - A Secretaria de Meio Ambiente alerta a população para os perigos e a ilegalidade da criação de animais silvestres em cativeiro. Além da violência que é tirá-los de seu habitat e aprisioná-los em condições impróprias às suas naturezas, os mesmos podem transmitir diversas doenças ao ser humano. No caso das aves e dos mamíferos, que estão entre os animais preferidos pelo homem, a transmissão ocorre pela manipulação, contato ou inalação de partículas aéreas contaminadas com os microrganismos.
“Os mais comuns são vírus, bactérias ou fungos. No entanto, piolhos mastigadores ou mordedores, conhecidos como piolho de galinha, também podem ocorrer. Dentre as doenças transmitidas com potencial zoonótico, podemos citar salmonelose, campilobacteriose, influenza aviária, psitacose, toxoplasmose, leptospirose, esporotricose e micobacteriose”, enumera José Antônio Silva, analista de Meio Ambiente da Prefeitura de São Gonçalo. Segundo o especialista, também merece destaque a bactéria Escherichia coli, cujo habitat primário é o trato gastrintestinal de humanos e outros animais de sangue quente, podendo causar, de acordo com a literatura, diarreia, cistite, sepse e peritonite. 
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A Lei 9605/1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, dispõe sobre sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e proíbe a captura de animais silvestres sem a devida autorização. No entanto, a criação destes animais provenientes de criadouros devidamente legalizados é permitida. 
"As pessoas interessadas em adquirir um animal silvestre devem procurar um criadouro autorizado por órgão público competente e manter o atestado de sanidade animal atualizado por um médico veterinário. Desta forma, irão evitar muitos problemas de saúde",  ressalta José Antônio.
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