Promotor Bruno Gangoni, do Gaeco, do Ministério Público do Rio JaneiroReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) nomeou o promotor de Justiça Bruno Gangoni para atuar temporariamente no acompanhamento dos processos judiciais e procedimentos extrajudiciais criminais de atribuição da força-tarefa que investiga o caso Marielle Franco e Anderson Gomes, informou o MPRJ neste sábado (17).
A nomeação será publicada no Diário Oficial na segunda-feira (19). Gangoni, que também coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), foi designado para o recebimento de eventuais intimações e cumprimento dos prazos processuais até que sejam anunciados os novos nomes para atuar na força-tarefa em substituição às promotoras de Justiça que optaram por não continuar no caso.
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Há uma semana, as promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile decidiram se afastar da força-tarefa que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes.
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a decisão foi voluntária e o motivo não foi informado. As promotoras assumiram o caso em setembro de 2018, seis meses após o assassinato.
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Últimas implicações do caso Marielle e Anderson
A viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, Julia Mello Lotufo, que negocia uma delação premiada ao MPRJ, disse aos procuradores saber quem mandou matar a vereadora Marielle Franco, assassinada junto do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
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Ela nega que o ex-marido tenha envolvimento nos assassinatos de Marielle e Anderson, mas chegou a revelar que integrantes da milícia da comunidade Gardênia Azul procuraram Adriano para falar sobre um plano de matar a vereadora. Ela disse à promotoria que Adriano achou a ideia absurda e arriscada, por envolver uma parlamentar.
De acordo com Júlia, a milícia teria alegado que a atuação na câmara de vereadores do Rio colocava em risco os negócios da milícia, não só de Gardênia Azul, mas também da comunidade Rio das Pedras.
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Cobrança de informações
O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, recebeu, na última quarta-feira (14), a família da vereadora Marielle Franco (Psol). A reunião com a mãe, a irmã e a filha da vereadora, Marinete Silva, Anielle Franco e Luyara Santos, respectivamente, e a viúva, Monica Benício, além de Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, teve o objetivo de falar sobre as investigações do crime.
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Antes do encontro, familiares, representantes do Instituto Marielle Franco e da Anistia Internacional fizeram um ato em frente ao MPRJ, no Centro do Rio. Eles cobraram informações sobre o caso e a substituição do delegado que investigava.