Nego do Borel foi encontrado em motel da Zona NorteReprodução/Instagram

Rio - A Polícia Civil do Rio de Janeiro pretende intimar o cantor Leno Maycon Viana Gomes, o Nego do Borel, para prestar depoimento na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) sobre um inquérito que apura os crimes de extorsão e ameaça contra representantes de uma empresa de eventos. A informação foi confirmada pelo titular da distrital, o delegado Luis Maurício Armond. A investigação é presidida também pelo delegado Clayton Ricardo da Silva, titular da 2ª DP (Contagem), em Minas Gerais, onde o caso foi registrado.
De acordo com a carta precatória da Polícia Civil de Minas Gerais, o sócio da empresa afirmou que o cantor descumpriu o acordo firmado entre as partes. Pouco antes da entrada do cantor em uma live que já havia sido divulgada, a equipe do artista solicitou R$ 30 mil a mais. O empresário disse ainda que o descumprimento acarretou em prejuízos com os patrocinadores do evento e com o público.
O depoimento fala também na perda de seguidores por conta do envolvimento de Borel em acusações de violência doméstica contra suas ex-namoradas. Após a live, a empresa não fez o pagamento dos R$30 mil a mais solicitados pela produção do cantor. Desde então, segundo o depoimento do sócio, a empresa passou a receber ameaças da equipe de Nego do Borel em redes sociais, que teriam ainda entrado em contato com patrocinadores com o objetivo de prejudicar a empresa. O DIA tenta contato com a assessoria do cantor.
Polêmicas
O nome de Nego do Borel tem aparecido com frequência relacionado à polícia. Na última segunda-feira (4), a mãe do cantor, Roseli Viana, registrou seu desaparecimento na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) e o caso foi encaminhado para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) que realizou buscas pelo artista. Ao procurar a polícia, Roseli contou que foi alertada por amigos da família que o cantor andava depressivo nos últimos dias e tinha ligado para algumas pessoas se despedindo.
Borel foi encontrado na manhã de terça-feira (5), em um motel, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, onde passou 12 horas na companhia de duas mulheres, de acordo com agentes da especializada. A informação de que ele estava com duas mulheres foi passada pelo próprio hotel aos policiais, que o encontraram em uma suíte. No entanto, quando a polícia o abordou no quarto, ele estava sozinho. O artista foi levado para a Cidade da Polícia para depor e foi liberado em seguida.
No último dia 25, o artista foi expulso do reality show "A Fazenda" da Record TV, por suspeita de estupro de vulnerável contra a modelo e também participante do programa, Dayne Mello, que estaria embriagada. Na ocasião, os principais patrocinadores do reality decidiram conjuntamente exigir a expulsão de Nego do Borel. A Polícia Civil de São Paulo investiga o caso e ainda espera ouvir o depoimento do cantor. O inquérito corre sob segredo de Justiça na Delegacia de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Os agentes devem analisar as imagens do reality que já teriam sido disponibilizadas pela emissora.
Em 21 de julho, Leno Maycon Viana Gomes, nome de batismo do artista, foi indiciado pelo crime de lesão corporal no âmbito da violência doméstica praticada contra uma de suas ex-namoradas, sua ex-assessora Swellen Sauer. De acordo com as investigações, Swellen sofreu diversas agressões do cantor, que teria apresentado contra ela o mesmo comportamento que teve com outra companheira, a modelo e influenciadora Duda Reis.
A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá havia instaurado o inquérito para apurar os fatos divulgados por Duda Reis em suas redes sociais, em janeiro deste ano. A influenciadora digital afirmou que o fim do relacionamento envolveu traições, agressões e violência psicológica. Ela contou que precisou tomar remédios após ser diagnosticada com depressão, síndrome do pânico, anorexia e bulimia. Duda também disse que Nego do Borel ameaçava sua família. Nego do Borel nega as acusações das duas ex-namoradas.