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Saudade da cascata sem foguetório no Le Méridien

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Saudade da cascata sem foguetório no Le Méridien

Saudade da cascata sem foguetório no Le Méridien

A última cascata de fogos, sem morteiros, aconteceu em 2000, proibida por lei

A foto, de 1988, revela um dos momentos mais esperados do Réveillon em Copacabana. Do alto do Méridien, a cascata de fogos descia do terraço pela fachada e atraía os olhares da multidão reunida na praia. O hotel, com este nome, fechou em 2007 (hoje é filial do Hilton); a cascata caiu pela última vez em 2001; um acidente deu fim à queima.Arquivo O DIA

Terrivelmente triste a virada do ano nos subúrbios. Tudo devido ao barulho infernal de fogos que, a cada dia, são mais barulhentos. É necessário lembrar aos amigos e amigas a geografia da Água Santa, por exemplo. Ladeado pela comprida Serra dos Pretos Forros, que separa do lado de cá, do Túnel da Covanca, ao outro lado, Jacarepaguá. Mata fechada, temos o habitat que abriga animais, principalmente macacos, tamanduás, outros de pequenos portes e muitas aves. Agora, imaginem a barulheira dos rojões, durante a noite/madrugada. Lembrem que os animais têm audição mais sensível do que o humano. É triste ver, como eu, tucanos, pica-paus, rolinhas, ararinhas e outros pássaros, desesperados. E, eu e tantos outros, também. Porque não usam fogos pirotécnicos sem barulho?
Cansei de ver ninhos abandonados nas árvores que cercam a minha caverna. Cansei de ver os pequenos ovos espatifados no chão. Ontem mesmo, Fred e Ibiapina, estiveram aqui no quintal, durante toda a tarde. Discutimos esse problema do barulho. Claro, nunca chegaremos a uma solução. Quando anoiteceu, os vagalumes apareceram. Parecia que estavam nos avisando que a chegada da noite era hora de encerrarmos a "reunião". Recolhemos as garrafas, vazias, de cervejas, e batemos em retirada. Antes, ainda lembramos que, em meio ao foguetório, ainda temos o perigo dos disparos de armas potentes, disparados de comunidades que existem por aí. É, ainda sofremos com as balas perdidas. Disparadas para o ar. Mas, bolas, tudo que sobe, desce.
Melhor ficar abrigados em casa, apartamentos ou mesmo cavernas. Eu tenho capacete de aço ! Mas não tenho ouvidos de mercador. Além de tudo isso, o número de pessoas com queimaduras, provocadas pelos tais fogos, que procuram socorro nos lotados hospitais públicos, é grande. Podem conferir nas estatísticas. Até nas praias, de Norte a Sul do Rio, aparecem as vítimas dos inocentes fogos. E, de quebra, das criminosas balas perdidas. Há casos de mortes. Busquem no Google e verão que não estou inventando. Trabalhei na reportagem policial por seis décadas e vi, com esses olhos que a terra há de comer, como ficam as emergências municipal, estadual e federal (antigamente, jornais chamavam hospitais de nosocômios. Alguém aí,ainda le469 27.101563-27.730469 66.105469s28.394531 76.683594 32.355469 81.972656c3.960937 5.289062 55.878906 85.328125 135.367187 119.648438 18.90625 8.171874 33.664063 13.042968 45.175782 16.695312 18.984374 6.03125 36.253906 5.179688 49.910156 3.140625 15.226562-2.277344 46.878906-19.171875 53.488281-37.679687 6.601563-18.511719 6.601563-34.375 4.617187-37.683594-1.976562-3.304688-7.261718-5.285156-15.183593-9.253906zm0 0"/>
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    A foto, de 1988, revela um dos momentos mais esperados do Réveillon em Copacabana. Do alto do Méridien, a cascata de fogos descia do terraço pela fachada e atraía os olhares da multidão reunida na praia. O hotel, com este nome, fechou em 2007 (hoje é filial do Hilton); a cascata caiu pela última vez em 2001; um acidente deu fim à queima.Arquivo O DIA

    Terrivelmente triste a virada do ano nos subúrbios. Tudo devido ao barulho infernal de fogos que, a cada dia, são mais barulhentos. É necessário lembrar aos amigos e amigas a geografia da Água Santa, por exemplo. Ladeado pela comprida Serra dos Pretos Forros, que separa do lado de cá, do Túnel da Covanca, ao outro lado, Jacarepaguá. Mata fechada, temos o habitat que abriga animais, principalmente macacos, tamanduás, outros de pequenos portes e muitas aves. Agora, imaginem a barulheira dos rojões, durante a noite/madrugada. Lembrem que os animais têm audição mais sensível do que o humano. É triste ver, como eu, tucanos, pica-paus, rolinhas, ararinhas e outros pássaros, desesperados. E, eu e tantos outros, também. Porque não usam fogos pirotécnicos sem barulho?
    Cansei de ver ninhos abandonados nas árvores que cercam a minha caverna. Cansei de ver os pequenos ovos espatifados no chão. Ontem mesmo, Fred e Ibiapina, estiveram aqui no quintal, durante toda a tarde. Discutimos esse problema do barulho. Claro, nunca chegaremos a uma solução. Quando anoiteceu, os vagalumes apareceram. Parecia que estavam nos avisando que a chegada da noite era hora de encerrarmos a "reunião". Recolhemos as garrafas, vazias, de cervejas, e batemos em retirada. Antes, ainda lembramos que, em meio ao foguetório, ainda temos o perigo dos disparos de armas potentes, disparados de comunidades que existem por aí. É, ainda sofremos com as balas perdidas. Disparadas para o ar. Mas, bolas, tudo que sobe, desce.
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