Raquel, de 11 anos, passou por cirurgia, mas não resistiuReprodução
Flávio Azevedo era esperado para prestar esclarecimentos na tarde desta segunda-feira (25), mas não compareceu à distrital. Segundo o advogado que representa a escola, Douglas Almeida, o diretor não havia sido intimado. Entretanto, ele declarou que a agremiação vai se comprometer em disponibilizar as "melhores informações possíveis", para averiguar o que aconteceu.
Já a mãe da menina, Marcela Portelinha, foi ouvida na delegacia ontem e chegou ao local amparada por parentes. O depoimento durou mais de duas horas. Grávida, ela desmaiou quando soube da gravidade do estado de saúde da filha e também quando foi informada sobre a morte. No sepultamento da menina, no último sábado (23), ela se sentiu mal e precisou receber atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Cemitério de São Francisco de Paula, no Catumbi, Zona Portuária do Rio.
A delegada Maria Aparecida Mallet, titular da 6ª DP, disse que testemunhas relataram ter alertado sobre a possibilidade de um acidente no local onde a vítima foi imprensada. Segundo Mallet, as imagens obtidas do momento do acidente serão comparadas com os depoimentos. Até o momento, pelo menos quatro pessoas já foram ouvidas na distrital, entre elas, o motorista de um guincho que içava o carro alegórico. De acordo com Mallet, a Polícia Civil investiga o fato como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O caso
De acordo com o relato da pastora e amiga da família, Aline da Mota, Raquel subiu no carro alegórico enquanto sua mãe lanchava em uma praça do Estácio, próxima à saída do Sambódromo. O veículo passou em um trecho estreito, prensando as pernas da vítima contra um poste. A menina chegou a passar por uma cirurgia de seis horas, na quinta-feira (21), para amputar uma das pernas. Durante o procedimento, ela teve uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada. Entretanto, no início da tarde de sexta-feira, a criança acabou morrendo.
No mesmo dia, a Polícia Civil determinou a apreensão da alegoria envolvida. O carro "Embarque no famoso 33" foi levado para um barracão na Zona Portuária onde ficou à disposição de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador do estado, Cláudio Castro, disseram que vão acompanhar as investigações e prestar apoio aos familiares da vítima.
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