Jorge Luiz Antunes, atuava como freelancer no shopping VillageMallReprodução
Os parentes chegaram à especializada por volta das 11h30 e as oitivas terminaram no início da tarde, quando eles deixaram o local. Segundo o advogado que representa a família, Airton Albuquerque, as investigações do crime estão ocorrendo de forma sigilosa e familiares estão colaborando para que o caso seja esclarecido.
"Estamos contribuindo com a investigação, que está sendo sigilosa. Família quer justiça, precisamos ter um resultado. Afinal de contas, foram 12 pessoas que entraram no VillageMall como se fosse quintal de casa, vitimaram e trouxeram sentimento para toda família. Existem muitas perguntas a serem respondidas na investigação. Que seja apurado tudo", afirmou o advogado.
A Polícia Civil analisa o sangue de um dos criminosos que participou do assalto à joalheria. As gotas que ficaram espalhadas no chão da loja, depois que ele quebrou um vidro, podem colaborar para sua identificação, além das digitais, imagens de segurança e até fotos de um paparazzi. Os agentes também investigam imagens de câmeras de segurança do shopping.
Até o momento, a principal suspeita é a de que os envolvidos não sejam do Rio de Janeiro, apesar dos três que estavam na cafeteria apresentarem sotaque carioca. O roubo tem as mesmas características de outra ação, que aconteceu em 2019, em Ipanema, em uma loja da mesma marca. Nas investigações desse caso da Zona Sul, um homem foi preso. Ele confessou que havia recrutado foragidos do Pará para a ação.
"Eles estão trabalhando para que o caso seja solucionado e a resposta que nós procuramos, os pontos de interrogação que nós temos, sejam solucionados, sejam respondidos. Existem muitas perguntas sem resposta e a gente quer resposta", declarou a viúva de Jorge, Elaine Souza.
A família do segurança afirma que ele estava na função há mais de um ano, mas não tinha carteira assinada. No sábado, deixou de ir ao aniversário do neto para não perder dia de trabalho. Ele receberia R$ 180. Morando em Nova Iguaçu, Jorge não tinha vale-transporte ou auxílio para se alimentar. O homem não tinha formação na área e atuava desarmado, mesmo tendo que abordar suspeitos. O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai investigar condições em que ele trabalhava.
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