José Porfírio de Brito Júnior, de 20 anos, estava como copiloto do bimotor que caiu em mar de Paraty, na Costa Verde do RioReprodução
O Corpo de Bombeiros do Rio retomou as buscas às 6h desta quarta, mas nada foi encontrado ainda. A namorada do copiloto, Thalya Viana, que acompanha os trabalhos desde os primeiros dias, descreveu a situação como desesperadora, já que nesta quinta-feira (9), a operação completa 15 dias e, segundo ela, nessa fase, os militares vão deixar o condomínio onde as buscas estão concentradas e haverá redução de contingente dos bombeiros atuando.
"Vai se aproximando o prazo de 15 dias, vai aumentando uma angústia. É desesperador. (...) A gente só quer que encontre o avião", disse Thalya. Procurada, a Corporação ainda não informou se as buscas serão encerradas após os 15 dias. Nesta terça-feira (7), a jovem usou suas redes sociais para fazer um apelo para que o Corpo de Bombeiros de São Paulo ajude na operação para encontrar os desaparecidos.
"Venho pedir ajuda, uma vez que o Corpo de Bombeiros é uma instituição que leva a sério o propósito que um dia juraram", escreveu a jovem, que destacou a atuação dos bombeiros fluminenses e do Distrito Federal, que enviaram um avião com sonar para ajudar. Ela disse que teve resposta dos militares, que informaram que realizam buscas no litoral paulista, próximos ao local onde a queda ocorreu, apoiando a Marinha, já que por não realizarem esse tipo de trabalho, não têm os equipamentos necessários.
Na noite de terça, a mãe de José, Ana Regina, convocou uma corrente de oração nas redes sociais, pedindo forças a ele e ao passageiro. "Juntos somos mais fortes! Sua oração é muito importante para nós”, escreveu ela nas redes sociais. Na segunda-feira, parte da asa do bimotor foi encontrada entre Ubatuba e Ilhabela, e encaminhada para a Delegacia de São Sebastião, em São Paulo, que está investigando o acidente.
Familiares e amigos do copiloto também fazem buscas na região. No último sábado (4), a Força Aérea Brasileira (FAB) encerrou sua operação nas buscas pelos desaparecidos. A FAB disse que os trabalhos duraram dez dias e ressaltou que as buscas poderão ser reativadas caso haja novos indícios sobre a aeronave ou seus ocupantes.
Já a Marinha informou, no domingo (5), que as operações avançaram para uma segunda fase, em que são emitidos avisos-rádios com informações sobre o ocorrido a todas as embarcações e aeronaves civis e militares que trafegam e sobrevoam a região, e que o Navio Hidroceanográfico Faroleiro "Graça Aranha" permanecerá efetuando varredura sonar, buscando, simultaneamente, detectar indícios da aeronave.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.