Gustavo Gómez, do Palmeiras, comemora seu gol contra o São Paulo - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Gustavo Gómez, do Palmeiras, comemora seu gol contra o São PauloCesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O Palmeiras esperou 16 anos para conquistar uma vitória sobre o São Paulo no Morumbi. E ela veio neste sábado de forma maiúscula. Os 2 a 0 na casa do adversário fizeram o time abrir vantagem de três pontos na liderança do Campeonato Brasileiro e deixaram o rival em situação complicada.

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O São Paulo começou a partida empurrado por pouco mais de 50 mil torcedores. No entanto, esse apoio se transformou em cobrança já no intervalo, quando os jogadores deixaram o campo sob vaias e carregando o placar negativo de 2 a 0. Com a derrota, a equipe está com 52 pontos a quatro do líder Palmeiras, com 56.

O time alviverde agora tem a semana livre para treinar e se preparar para outro jogo importante na briga pela ponta da tabela. No domingo, dia 14, receberá o Grêmio. O São Paulo, no mesmo dia, visitará o Internacional em busca da reabilitação.

O triunfo palmeirense encerrou o jejum que vinha desde 20 de março de 2002 quando, pelo Torneio Rio-São Paulo, a equipe visitante venceu por 4 a 2. De lá para cá foram 24 jogos no Morumbi, com 15 vitórias do São Paulo e nove empates.

A vitória também quebrou a série invicta do time tricolor em seu estádio. Na atual temporada eram nove vitórias e quatro empates até então. E o principal motivo para colocar fim a todos esses números foram mais os erros do São Paulo do que os méritos do time palmeirense.

Os dois gols que desestruturam os anfitriões na etapa inicial vieram de vacilos na marcação. Até então o clássico vinha equilibrado, com marcação dura e forte no meio-campo. O primeiro lance de perigo veio por causa de uma confusão. Sidão foi sair jogando, Deyverson apareceu em sua frente. O goleiro deixou escapar a bola. O atacante chutou, mas Sidão defendeu com as mãos fora da área. No rebote, a zaga do Palmeiras afastou. O lance seguiu sem intromissão da arbitragem.

A partida seguida brigada e equilibrada. Rodrigo Caio segurou Deyverson e recebeu amarelo. Do outro lado, Gustavo Gómez subiu com os cotovelos em disputa com Bruno Peres e Felipe Melo entrou mais duro em Nenê. Ambos foram advertidos.

O Palmeiras saiu na frente em lance de bola parada. Aos 33 minutos, Dudu cobrou escanteio pela direita e Gustavo Gómez apareceu livre na área para mandar de cabeça para as redes. O São Paulo tentou pressionar, mas levou o segundo logo em seguida, em rápido contra-ataque.

Weverton tirou de soco, Mayke arrancou e tocou na direita para Dudu. O atacante chutou na trave. Na sobra, Mayke mandou novamente na área e Deyverson, livre na área, ampliou, de cabeça, aos 36 minutos.

O técnico Diego Aguirre tentou chacoalhar o time no segundo tempo com as entradas de Everton na vaga de Rodrigo Caio e Carneiro no lugar de Nenê. Mas a equipe seguiu abalada emocionalmente. Demonstrava nervosismo ao chegar ao ataque e errava muitos passes.

Os torcedores também não colaboravam e a cada bola perdida vinha o uníssono "ah". O Palmeiras passou a fazer seu papel. O time se encolheu um pouco e começou a jogar no erro do adversário.

O jogo esfriou. Felipão tentou ainda dar mais movimentação ao ataque com a entrada de Willian na vaga de Hyoran, o palmeirense com atuação mais discreta. E o próprio Willian assustou em chute da entrada da área.

O São Paulo foi chegar com perigo somente aos 38 em chute de Tréllez, em que Weverton caiu no canto direito para fazer a defesa. E o placar seguiu sem movimentação. Ao apito final do árbitro, mais vaias por parte dos torcedores do São Paulo.

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