Rio - Cuba libertou todos os 53 presos que havia prometido, disseram autoridades dos Estados Unidos, um passo crucial no processo de reaproximação com os Estados Unidos. A libertação dos prisioneiros restantes dará um tom positivo às negociações históricas marcadas para a semana que vem com o objetivo de normalizar as relações bilaterais, depois de décadas de hostilidades, disseram os representantes do governo norte-americano.

As fontes descreveram as libertações feitas pelo governo cubano no fim de semana dos últimos presos na lista como um marco, mas disseram que continuariam a pressionar o governo cubano para que liberte outras pessoas que os EUA consideram prisioneiros políticos.
As autoridades, falando à Reuters sob a condição de anonimato, não disseram quantos prisioneiros foram libertados durante o fim de semana, nem os identificaram. Mas a Casa Branca vai fornecer os nomes de todos as 53 pessoas ao Congresso e espera que os parlamentares divulguem a informação.
Havia dúvidas sobre se Cuba libertaria mesmo todos os 53 prisioneiros, como parte de um acordo entre os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciado em 17 de dezembro com o objetivo de restabelecer os laços diplomáticos, rompidos há mais de 50 anos.
O intenso sigilo em torno dos 53 prisioneiros, cujos nomes foram mantidos em segredo por ambos os países, causou ceticismo sobre as intenções de Cuba e serviu aos críticos, para quem os Estados Unidos não pressionou o governo cubano o bastante na questão dos direitos humanos como condição para a normalização dos laços e alívio de restrições econômicas e de viagem.
Os EUA trocaram três espiões cubanos condenados por um agente que espionou para o governo norte-americano. Os EUA também obtiveram em troca a libertação de Alan Gross, um agente de ajuda humanitária norte-americano que estava preso em Cuba. Os representantes do governo dos EUA afirmaram que continuariam a pressionar o governo comunista de Cuba a libertar mais prisioneiros. O governo cubano diz que não há presos políticos na ilha.