Rio - O candidato Marcelo Freixo (Psol) anunciou um tuitaço para às 20h desta quinta-feira, convocando Marcelo Crivella (PRB) para o debate no SBT. A emissora tinha intenção de promover um debate, mas não houve acerto sobre datas.
Sem desfecho para o impasse, o SBT confirma apenas os debates de São Gonçalo, Niterói, Caxias e Nova Iguaçu, para a semana que vem. O cenário já está pronto, mas como Cristo Redentor e Bondinho do Pão de Açúcar são símbolos do Rio, o palco teria sido montado para o debate da capital e reaproveitado para os demais.

Até às 17h30, a hashtag #NãoFogedoDebateCrivella estava entre os 10 assuntos mais comentados do Twitter.
Em sua página oficial, Crivella informou que estará no debate da Rede TV no dia 18/10 e no da TV Globo no dia 28/10, além de todas as sabatinas e entrevistas marcadas.
Ataques e críticas
No início deste segundo turno, Freixo passou a atacar Crivella por se recusar a participar de debates e, a partir de agora, deve partir para o confronto. O candidato afirmou nesta terça-feira que a Crivella adota uma "atitude covarde, lamentável".
Já Crivella tenta administrar a vantagem. Além da recusa ao SBT, anunciou que não participará de um confronto promovido pelo jornal O Globo. Ainda não deu resposta sobre os programas da Rede TV! e da TV Globo. Como as emissoras só promovem debate se os dois candidatos comparecerem, a recusa de Crivella impede Freixo de expor seus projetos.
Com tempo para apresentar suas propostas no horário eleitoral neste segundo turno, Freixo - que passou de 22 segundos diários no primeiro turno para 20 minutos agora - usou os primeiros programas para apresentar sua biografia e um clipe com artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.
"Freixo está se apresentando ao eleitor, o que não tinha tempo de fazer na TV no primeiro turno. Muito eleitor ainda não o conhece. Ele teve apenas 18% dos votos e só foi ao segundo turno porque havia vários candidatos de centro-direita que dividiram os votos desse segmento", disse o cientista político da PUC-Rio Ricardo Ismael.
Mais conhecido, Crivella - cujo tempo na TV passou de 2 minutos e 22 segundos para 20 minutos diários - aproveitou os primeiros programas para apresentar propostas. "Crivella reuniu jovens da periferia, um público em que tem menos votos, e discutiu propostas concretas de geração de renda. O eleitor está cada vez mais cético quanto aos políticos, por isso não adianta falar ‘vou fazer isso, vou fazer aquilo’. Tem que mostrar propostas", afirmou Ismael.
Com Estadão Conteúdo