Rio - Vasco e Botafogo se reencontram neste sábado, às 19h, em São Januário, 55 dias depois de decidir o título carioca, conquistado pelos alvinegros em emocionante decisão por pênaltis. O tira-teimas, após duas vitórias para cada lado e um empate nos cinco clássicos disputados em 2018, tem caráter de afirmação no Campeonato Brasileiro. Com campanhas irregulares, Vasco (11º colocado) e Botafogo (14º) estão longe de empolgar como os arquirrivais Fla e Flu 1º e 4º na tabela, respectivamente. Mas nada como um clássico para engrenar.
"A estabilidade é importantíssima. Uma sequência de vitórias nos levaria lá para cima. A falta dessa sequência nos deixa em uma situação perigosa", afirmou o técnico do Vasco, Zé Ricardo.
Após três rodadas em jejum, o Vasco aliviou a pressão com a vitória sobre o Paraná. O resultado não disfarçou a má atuação, influenciada pelos 13 desfalques. Com uma fratura no braço esquerdo, Werley é a nova baixa.
Em compensação, o zagueiro Breno, que se recupera de dores no joelho esquerdo, pode voltar à zaga, ao lado de Ricardo. Suspenso, Henrique dará lugar a Fabrício ou Ramon. Desábato e Wagner são reforços confirmados para o clássico.
Estagnado na parte de baixo da tabela, o Botafogo se incomoda com a proximidade da zona de rebaixamento. A diferença para o 17° colocado Bahia é de apenas um ponto. Pressionado pela derrota para o São Paulo, o time viu o jejum de vitórias aumentar para três jogos. O primeiro triunfo como visitante é uma motivação a mais.
"O Vasco é um adversário que respeitamos muito, mas é importante vencer por duas coisas. Precisamos somar e nos distanciar da zona lá de baixo e, automaticamente, nos aproximarmos dos times que estão lá na frente. Jogo decisivo para ambas as equipes", destacou o treinador alvinegro, Alberto Valentim.
Assim como Zé Ricardo, ele sofre com os muitos desfalques (Gatito, Matheus Fernandes e João Pedro). A pressão pela reação não permite espaço para lamúrias. Com união e aplicação, Valentim crê no poder de reação da equipe no clássico. Em casa, o Vasco promete se valer da força de seu caldeirão. Pelo equilíbrio mostrado ao longo do ano, o clássico volta a ganhar ares de decisão pela necessidade de ambos de embalar no Brasileiro.
