Rio - Reinaldo Rueda chegou ao Flamengo disposto a resolver os problemas do time de Zé Ricardo, que virou solução para o Vasco. Ainda no começo, apesar do clima de fim de temporada, os trabalhos se cruzam, neste sábado, às 19h, no Maracanã. Confronto direto na briga por uma vaga na Libertadores de 2018, o clássico, além de pôr à prova o caminho escolhido pelos clubes, pode ser fundamental ao planejamento de ambos, visando à próxima temporada.
Em fase de reconhecimento do elenco e de adaptação ao futebol brasileiro, Rueda, em seu primeiro Fla x Vasco, dificilmente conseguirá surpreender Zé Ricardo. O brasileiro passou um ano e dois meses no comando do Rubro-Negro, cujo elenco tem detalhadamente mapeado na cabeça. Nenhuma desvantagem, na visão do técnico colombiano. Afinal, a intimidade é uma via de mão dupla.
"São situações que acontecem. Desta vez, tem o agravante do tempo que o Zé Ricardo passou no Flamengo. Mas aqui são 25, 30 jogadores que o conhecem também. É bilateral o conhecimento do que pensa, do que quer, do que gosta", disse Rueda, que encontrou eco nas palavras do rival de hoje à noite.
"Vantagem igual para os dois lados. Eu conheço o individual de cada atleta, e eles conhecem como a gente trabalha. Dá igualdade. Todo mundo sabe da gratidão que tenho pelo Flamengo, mas, em respeito ao Vasco, vamos fazer de tudo para tentar vencer a partida", afirmou Zé.
Rueda e Zé trilham o mesmo caminho em busca da vaga na Libertadores. O primeiro passo foi arrumar a defesa. O Flamengo, com o colombiano, sofreu oito gols em dez jogos no Brasileiro média de 0,8 por partida. Com seu antecessor, o índice era de 1,05 21 gols em 20 rodadas.
No Vasco, Zé, por ironia, tem números ainda melhores. Com ele, o time foi vazado cinco vezes em oito partidas. A média de 0,62 é bem inferior à de 1,54 acumulada no restante da competição 34 gols em 22 jogos.
Será o primeiro Flamengo e Vasco de Rueda, que disputou cinco clássicos desde que chegou ao futebol brasileiro: duas vitórias, dois empates e uma derrota. Já Zé Ricardo está invicto há 16 jogos contra rivais do Rio: empatou oito e ganhou oito o último triunfo, já como técnico do Vasco.